24/05 – Dia Nacional do Café: data homenageia uma das paixões nacionais

24/05 – Dia Nacional do Café: data homenageia uma das paixões nacionais

Data é comemorada desde 2005 e também celebra um momento essencial para a cafeicultura

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Quem não abre mão de um café quentinho, todos os dias, nem sempre se atenta ao fato de que essa bebida, tão tradicional na nossa cultura e essencial para a economia brasileira, tem até uma data nacional para sua celebração.

Desde 2005, por uma iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), 24 de maio entrou para o calendário como o Dia Nacional do Café.

A princípio, a escolha da data se deve ao fato de que é nesse período que começa a colheita do café na maior parte do país. Além de ser um estímulo ao consumo desta bebida que tem, no Brasil, um dos principais produtores e consumidores do mundo.

Período de colheita está começando

Tudo em etapas

A essa altura você deve saber que o café, da forma como consumimos, passa por várias etapas até estar pronto.

O café é um fruto, que passa por um longo processo, que inclui o plantio, colheita, pré-limpeza, secagem, beneficiamento, torrefação, moagem e, por fim, o envase.

No Brasil há dois tipos de café: o Arábica e o Robusta (também conhecido como Conilon). Enquanto que o Arábica se desenvolve melhor em altitudes elevadas, o Robusta precisa de clima quente e úmido para florescer.

Café arábica

Mas a diferença mesmo está no aroma intenso, maior doçura e com equilíbrio de acidez do Arábica que, dessa forma, o tornam o fruto o ideal para o preparo de cafés especiais e gourmets.

E o consumidor está bem mais exigente. O diretor executivo da ABIC, Celírio Inácio, associa o comportamento a uma maior conscientização sobre a qualidade do café. O desafio maior (da indústria) é agregar valor ao produto e ao mesmo tempo conseguir entregar o café com preços mais competitivos”.

Motivo de orgulho

De acordo com a ABIC, 9 em cada 10 brasileiros com mais de 15 anos consomem a bebida. E assim como o Brasil é o maior produtor de café do mundo, também figura como um dos maiores mercados consumidores.

A bebida tipicamente brasileira também é versátil, ajudando, desse modo, a explicar tamanha aceitação. O café pode ser consumido em bebidas (quentes e geladas), em doces, bolos, caldas, sorvetes ou mesmo puro, em pastas.

Preferência do consumidor

Entre julho e setembro de 2021 a ABIC realizou uma pesquisa com 5.460 pessoas em 14 estados do país, divididos entre consumidores no geral, entusiastas e especialistas.

Foram colhidas mais de 180 mil respostas para entender o interesse de quem consome a bebida. E como resultado, a amostragem mostrou que a maior parte dos respondentes consome café pelo menos duas vezes ao dia.

Entre os apreciadores e especialistas, a preferência é pelo café gourmet ou especial puro. Já entre o público em geral, a escolha é pelo café tradicional com açúcar.

E a maior parte faz coro ao afirmar que um café com qualidade precisa ter excelente aroma, mostrando como o apelo sensorial pesa na escolha e aceitação do produto.

Por fim, quando questionados sobre o que sentem ao tomarem a bebida, os consumidores usam adjetivos como prazer, conforto e satisfação. Palavras que explicam a sensação de bem estar e aconchego presentes em uma xícara de café.

Faz bem para saúde

Até quem não gosta de café acaba se rendendo aos benefícios. Devido à cafeína, o café é um poderoso estimulante que reduz o cansaço e a fadiga. Com isso, auxilia também em atividades físicas.

Igualmente, o café ajuda a aliviar o estresse e melhora o humor, aumentando a produtividade

Ele também ajuda na digestão, porque estimula o intestino. Além do quê, o cafezinho nosso de cada dia pode combater a depressão.

Café em números

Num país de extensão continental como o Brasil, os números, definitivamente, também são generosos. Segundo a Empraba, a produção de café no Brasil ocupa 1,82 milhões de hectares, com destaque para a espécie Arábica (79% do total).

E com tecnologia e investimentos, o setor  prevê aumentar ainda mais esse volume. Nesse ínterim, estima-se que em 2021 as vendas do setor tenham alcançado R$15 bi. O consumo interno foi de 21 milhões de sacas, o que equivale a 45% da safra do período, de acordo com a Conab.

Ainda segundo o órgão, para 2022, a produção deve ficar em 55 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa um acréscimo de 16,8% na comparação ao ano anterior.

E a Cooxupé, como maior cooperativa de café do mundo, representa uma fatia considerável desse mercado. Em 2021, por exemplo, a cooperativa mineira recebeu 5,6 milhões de sacas de café arábica. A expectativa de recebimento em 2022, ano de bienalidade alta do ciclo cafeeiro, é de 6,1 mi.

Além disso, está ranqueada como a líder em exportação de café do Brasil. Em 2021, foram 4,9 milhões de sacas exportadas para 50 países. As expectativas deste ano são 5,9 mi.

No Complexo Japy da Cooxupé, caminhões transportam café até o porto de Santos para exportação

Em uma xícara de café há muito mais do que uma simples bebida. Café é experiência e imersão. E as vantagens para a saúde e o bem-estar fazem dessa a bebida mais amada do Brasil. Ou seja, Dia do café é todo dia.


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