Afinal, o que é café arábica?

Afinal, o que é café arábica?

O HUB do Café ensina tudo sobre esse tipo de café, que é conhecido por sua alta qualidade

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Mas, afinal, o que é café arábica? Várias embalagens de café trazem a informação “100% arábica”, mas muita gente desconhece o que isso significa. Por essa razão, o HUB do Café explica o que é esse tipo do grão, traz um breve histórico e os motivos que o levam a integrar os blends mais finos para exportação.

Em primeiro lugar, o famoso e querido cafezinho, que acompanha a rotina de brasileiros, tem origem em diferentes tipos de plantas, como a Coffea arabica e a Coffea canéfora. Estas, por sua vez, resultam nos grãos de cafés arábica e robusta (ou conilon), que são os predominantes no Brasil.

Os dois tipos possuem inúmeras diferenças. Mas, a principal está ligada a complexidade de sabor.

De acordo com Eduardo Renê da Cruz, coordenador do Desenvolvimento Técnico da Cooxupé, a composição química do grão de café arábica é que confere a qualidade diferenciada a este tipo de café. “Os carboidratos, lipídeos, proteínas, minerais e metabólitos secundários são os principais componentes que contribuem para a qualidade”, afirma.

Mas, para se obter um café arábica com a máxima qualidade, Renê frisa que há diversas práticas que o produtor precisa implementar na propriedade. “Estas ações vão desde a nutrição adequada da lavoura até o armazenamento do café beneficiado quando já está pronto para a comercialização.”

O que é café arábica?

O café arábica (Coffea arábica) é uma espécie originária da Etiópia e foi uma das primeiras espécies de café a ser produzida.

cafe arabica

De acordo com matéria publicada pelo portal Review Café, acredita-se que herdou esse nome “arábica” por ter tido o seu cultivo propagado pelos árabes na região da Arábia, há milhares de anos.

Atualmente, a espécie é cultivada no mundo todo. No Brasil, a sua produção está mais concentrada em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Bahia. Já o Espírito Santo, embora também produza em menor quantidade, segue acompanhando Rondônia em uma produção maior de café robusta.

A espécie arábica é mais sensível e, portanto, mais sujeita a pragas e intempéries. Além disso, os pés de café se desenvolvem melhor em altitudes superiores a 800 m, em temperaturas amenas e condições consideradas ideais para a produção de cafés de qualidade superior. Por isso, resultam em grãos de café de maior valor de mercado.

Assim, o café arábica é conhecido por ser uma espécie de grão especial, de maior complexidade no cultivo, com diversas notas de aromas intensos e sabores bastante variados, assim como níveis de corpo e acidez.

Cultivares de café arábica

Além disso, o que muita gente também não sabe é que o grão de arábica possui muitas cultivares e que a espécie é responsável por cerca de três quartos da produção mundial da bebida.

No Brasil, as variedades mais comuns são a Catuaí e Mundo Novo. Contudo, existem ainda outras cultivares, como a Bourbon Amarelo e Vermelho, Acaiá, Catucaí, entre outras. Em que cada uma delas se destaca por características sensoriais diferentes, agradando os mais variados paladares.

Números café arábica

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a produção mundial de grão de arábica na safra 2021 foi de 101 milhões de sacas.

Já no Brasil, a produção de café arábica chegou a 31,42 milhões de sacas, uma redução de 35,5% em relação à safra passada. Os dados são do 4º e último levantamento do produto, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Minas Gerais segue como o principal produtor de café no país. Com a maior parte do cultivo sendo destinada ao tipo arábica, a produção chegou a 21,86 milhões de sacas.

Cooxupé

A Cooxupé representa hoje mais de 17 mil famílias cafeicultoras cooperadas com produção 100% do café verde tipo arábica em aproximadamente 300 municípios no Sul de Minas Gerais, Cerrado mineiro e no Vale do Rio Pardo, conhecido como a média mogiana do estado de São Paulo. Mais de 95% dos produtores associados correspondem à agricultura familiar. E que compõe os mais exigentes blends do mercado internacional.

80% das atividades da cooperativa correspondem às exportações, levando o café arábica para consumidores de 50 países.


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