Alta nos preços dos fertilizantes acende alerta para produtores

Alta nos preços dos fertilizantes acende alerta para produtores

Aumento foi de mais de 100% em 2021, segundo a CNA, causado por oferta restrita, pouca matéria-prima e alta do dólar

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A alta nos preços dos fertilizantes neste ano acendeu o alerta para os produtores rurais. Segundo um levantamento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os insumos do agro puxaram os custos no campo.

Assim, de janeiro a setembro deste ano, somente os preços dos fertilizantes subiram mais de 100%. O estudo foi feito em parceria com universidades do Brasil.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Natália Fernandes, são vários os fatores para o aumento. O portal Jovem Pan publicou a reportagem.

“Tivemos uma alta no custo com fertilizantes, decorrente de uma oferta restrita no âmbito do mundo. Isto por problemas de fornecimento de matéria-prima para produção de alguns produtos. Bem como uma demanda aquecida e a valorização do dólar. Isso encareceu esse insumo para o produtor no Brasil. Assim, impacta no custo, já que é um dos principais insumos que compõem o custo operacional”, explicou Natália para a repórter Paola Cuenca.

Alta nos preços dos fertilizantes

Defensivos agrícolas também ficaram mais caros, somente o glifosato, usado em lavoura de soja, milho e algodão, registrou aumento de 126%.

Desta forma, Natália Fernandes explica que, aliado a essas altas, algumas culturas registraram queda de produtividade por questões climáticas, o que dificulta mais a renda dos produtores.

“O café teve uma redução na produção de cerca de 10%, comparado ao outro ano. No caso milho, pouco mais de 20% de queda na produção e o feijão por volta de 8%. Isso acaba influenciando nos resultados econômicos do produtor rural”, disse.

Portanto, se existe aumento de custo no campo, condições climáticas e prejuízos, é questão de tempo até essa conta chegar ao consumidor final.

Conforme a reportagem, a inflação dos últimos 12 meses, que já ultrapassou a casa dos 10%, puxada pelos preços dos alimentos, deve continuar pesada nos próximos períodos.


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