Áreas de café do Sudeste chegam a 162 dias sem chuva

Áreas de café do Sudeste chegam a 162 dias sem chuva

Situação das secas foi agravada por ocorrência de geadas, segundo levantamento de especialista Willy Hagi, da Meteonorte.

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Secas são fenômenos climáticos cada vez mais frequentes no Brasil. Assim, as áreas de café do Sudeste chegam a 162 dias sem chuva, segundo levantamento do meteorologista Willy Hagi, da Meteonorte.

O texto foi divulgado pela revista Cafeicultura. De acordo com o especialista, a seca é o fenômeno caracterizado por períodos de meses a até mesmo anos com chuvas abaixo da média. Portanto, é um dos principais riscos climáticos que afetam a cafeicultura do país.

O risco das secas também se mostra em graves prejuízos econômicos para o agro.

Tanto que esse foi o principal problema de clima enfrentado pela cafeicultura no ano passado, conforme a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Segundo Willy, a situação das secas em 2021 para a produção de café não está muito diferente. Isso sem contar os graves episódios de geadas que deixaram rastros de destruição no campo.

Dias sem chuva

Segundo levantamento da Meteonorte, com dados do Climate Prediction Center (CPC), um dos principais centros de meteorologia do mundo, o panorama das secas nas Regiões Sul e Sudeste em 2021 é preocupante. Ainda mais nas principais regiões produtoras de café.

A média da porcentagem de dias sem chuva neste ano, em toda a Região Sul é de 70%, apesar de algumas regiões isoladas estarem mais próximas de 50%.

Na região do Norte Pioneiro do Paraná, o valor é de 60% a 70% de dias sem chuvas durante o ano.

A situação é ainda pior no Sudeste, que chega a esta época do ano com média total de 76% de dias sem chuvas.

A Alta Mogiana, junto com a maior parte das regiões produtoras de café de São Paulo, encontra-se dentro do limiar de 70% a 80%.

Já em Minas Gerais, em áreas do Cerrado Mineiro, Norte e Noroeste de Minas e Chapadas de Minas, o nível esteve entre 80% a 90% de dias sem chuvas até o fim de agosto.

Para os próximos meses

Ainda segundo o texto do especialista, diretor da Meteonorte, a grande questão do clima até o fim do ano é a formação, ou não, de mais uma La Niña no Oceano Pacífico.

“É provável que as previsões, que até o momento apontam chances de mais de 70% de formação, se confirmem assim como no ano passado”, diz.

Bem como não é raro que eventos de La Niña aconteçam em sequência. Aconteceu no ano passado. Então, pode acontecer esse ano também e influenciar o clima nas estações seguintes.

Assim, o sinônimo de La Niña para as Regiões Sul e Sudeste é seca.


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