Beber café pode diminuir o risco de Covid-19, diz estudo americano

Liderada por cientistas dos EUA e publicada pela revista Nutrients, uma pesquisa mostrou que beber café pode diminuir o risco de Covid-19. De acordo com o estudo, há redução de 10% no risco de contaminação pelo Coronavírus por pessoas que consomem uma ou mais xícaras de café por dia. A informação é do Conselho Nacional do Café.

Pessoas com sistema imunológico debilitado, como idosos, são mais propensos a sofrer com resultados graves da doença.

Assim, segundo a notícia, os cientistas verificaram vários fatores de risco para a incidência, gravidade e mortalidade de Covid.

A pesquisa coletou dados de uma comunidade na Espanha de 913 voluntários. Todos com idade entre 75–90 anos. Assim, 62 relataram sintomas compatíveis com Covid-19; seis deles morreram. Além disso, o alto consumo de álcool e o menor consumo de café e chá se associam à gravidade da doença.

Segundo os cientistas, os dados chamam a atenção. Isto porque, “consumir mais café, vegetais e ser amamentado, bem como consumir menos carne processada foram associados a menores chances de positividade para Covid”.  

10% menos chances

No UKB Biobank (um recurso internacional de saúde) o consumo de uma ou mais xícaras de café por dia causou queda de 10% no risco de Covid-19, em comparação com menos de uma xícara/dia.

Assim, o estudo diz que o café não é apenas uma fonte importante de cafeína. Mas, contribui para imunidade. O café contribui para a ingestão total de polifenóis, em particular os ácidos fenólicos. Isto porque café, cafeína e polifenóis são antioxidantes e anti-inflamatórias.   

Ação anti-inflamatória

O consumo de café se relaciona a biomarcadores inflamatórios. Por exemplo: PCR, interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral α (TNF-α), que são também associados contra a gravidade e a mortalidade de Covid-19. 

Os cientistas também ligam o consumo de café a um menor risco de pneumonia em idosos. Isto porque tomados em conjunto, um efeito protetor do café contra Covid-19 é real e merece investigação adicional, sugere o estudo.