Brasil registra alta de 30% em financiamentos pelos produtores rurais

Brasil registra alta de 30% em financiamentos pelos produtores rurais

Volume de financiamentos para comercialização, custeio, investimento e industrialização corresponde a R$ 159,7 bilhões, entre julho e dezembro de 2021

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Entre os meses de julho e dezembro de 2021 houve uma elevação de 30% na contratação de financiamentos pelos produtores rurais. A comparação é em relação ao mesmo período da safra anterior.

Assim, o volume corresponde a R$ 159,7 bilhões em crédito rural para comercialização, custeio, investimento e industrialização. Isto de acordo com o levantamento da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Financiamentos pelos produtores rurais

Para apoio à comercialização, as contratações somaram R$17,3 bilhões (+ 65%); custeio R$ 86,8 bilhões (+29%); investimento R$ 46,7 bilhões (+24%) e a industrialização, R$ 8,8 bilhões (+23%). Entretanto, o número total de contratos apresentou queda de 7% em relação ao período anterior, sendo que nos investimentos essa redução foi de 15%.

O estudo mostrou ainda que a Região Norte, apesar de ter menor representatividade no crédito rural, continua apresentando melhor desempenho nas contratações. O aumento é de 30% em número de contratos e 46% no valor contratado. Mas, as demais regiões apresentaram decréscimo no número de contratos de investimento.

Já a participação dos recursos controlados no valor total das liberações foi de 68%, a mesma observada em igual período da safra anterior. Essa participação foi de 50% para os Recursos Obrigatórios e os da Poupança Rural Controlada.

Em relação aos recursos da Poupança Controlada, o levantamento mostrou: se concentraram nas finalidades custeio (70%) e investimento (30%), e os da fonte Recursos Obrigatórios foram majoritariamente destinados para custeio (74%) e industrialização (20%).

Disponibilidade para custeio

Em decorrência dos remanejamentos de recursos equalizáveis em dezembro de 2021, houve aumento de R$ 1,72 bilhão na disponibilidade para custeio. Sendo R$ 710 milhões para Pronaf, R$ 270 milhões para Pronamp e R$ 741 milhões para Demais Produtores. Em relação aos investimentos, o maior aumento na dotação de recursos ocorreu para os programas ABC (+ R$ 195 milhões) e PCA (+R$ 93 milhões).

Os programas de investimento com maiores recursos contratados foram:  Procap-Agro (95%), Moderfrota, 65% e o Pronaf (62%), sendo 83% para os programas que utilizam recursos não equalizáveis. O aumento expressivo das contratações do Procap-Agro (+ 4.237%) tem justificativa. Pelo fato dos recursos disponibilizados na safra 2021/22 serem aproximadamente quatro vezes superior ao da safra passada, situando-se em R$ 1,5 bilhão.

Já a diminuição das contratações do PCA (-40%) e Prodecoop (-74%) também tem motivo. Em função, pois, da alteração, em outubro de 2021, do prazo para registro das operações, caindo de 180 dias para dois dias úteis. Isto porque por serem de elevado valor e complexas, demandam mais tempo para sua realização.

De acordo com os agentes financeiros, essa redução não corresponde ao tamanho das operações de financiamento realizadas. Isto porque por já terem comprometido parte significativa do montante programado com operações em fase de aprovação.

Por fim, os saldos totais dos recursos equalizáveis, remanescentes no final de dezembro de 2021, foram de 36% para os investimentos e de 37% para o custeio, comercialização e industrialização.


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