Cafezais do Brasil recebem fortes chuvas

Cafezais do Brasil recebem fortes chuvas

No geral águas são benéficas; Para 2023 espera-se que a maior oferta de água e as práticas de adubação criem um solo mais propício ao cultivo do produto

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Fortes chuvas inundaram alguns campos de café e outras safras em determinadas áreas do Brasil. É o que aponta a reportagem produzida pela Reuters e publicada pelo portal da Revista Globo Rural.

Seca e geada

Maior produtor mundial de café, o Brasil sofreu sua pior seca em 90 anos no ano passado. Além disso, houve geadas.

O excesso de chuva, no entanto, faz com que os frutos do café, ainda verdes nesta época, caiam, reduzindo a produção.

Muita umidade também impede tratos culturais ideais. Isto porque as máquinas não podem se mover entre as árvores, levando a uma disseminação mais rápida de doenças e pragas.

No entanto, a umidade extra melhorou as condições em outras áreas onde as chuvas estão menos intensas. Incluindo na principal região produtora, o Sul de Minas Gerais, segundo o pesquisador José Braz Matiello.

“Chuva excessiva na área de café, não. Pode ter no norte de Minas, pode lavar um pouco mais o adubo, mas os cafés plantados normalmente são em áreas altas dos terrenos. No Sul de Minas, em quase em todos os lugares, não é uma cultura de baixada, que normalmente vai sofrer”, afirmou Matiello à Reuters.

“No geral, excesso de chuva não é benéfico, mas também não é maléfico”, lembrando que muita precipitação pode levar produtores a reforçar a aplicação de adubo. 

Ainda de acordo com a reportagem, o banco de investimentos Itaú BBA disse que embora as chuvas não aumentem a quantidade de grãos de café para a safra 2022, elas ajudariam no desenvolvimento dos frutos. Assim, aumentando o tamanho dos grãos.

Frutos maiores significam que os cafeicultores precisarão de menos grãos para encher uma saca. Serão de melhor qualidade e, portanto, mais procurados pelos torrefadores. 

“As pessoas geralmente superestimam os danos causados ​​pela chuva. Normalmente, ela beneficia mais do que prejudica”, disse o analista de commodities Shawn Hackett à Reuters.


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