China vai priorizar agenda do clima a partir deste ano

China vai priorizar agenda do clima a partir deste ano

Artigo publicado pelo Cecafé aponta que a Cafeicultura brasileira poderá contribuir para os novos planos verdes de Pequim

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Thiago Masson, Coordenador de Sustentabilidade do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, escreveu em artigo publicado no site do Cecafé que o estado chinês deverá avançar na agenda de sustentabilidade ambiental nos próximos anos. Ao menos é o que aponta o 14º Plano Quinquenal (2021-2025) do país. Na prática, o documento servirá de plano de voo do dragão asiático no mundo pós-pandemia.

Agenda do clima

Thiago considera que é fato que a descarbonização da economia será o principal ponto no radar chinês na agenda do clima. A meta, segundo o artigo, é atingir o pico de emissões em 2030 – ponto intermediário para o desfio de neutralizá-las até 2060.

Mas o desafio na matriz energética, para ele, deverá impactar outros setores. “O eventual alinhamento da política de segurança alimentar da maior população do planeta com a agenda verde resultará em oportunidades e desafios para países exportadores de commodities agrícolas”, pontua em seu artigo.

Oportunidade para o Brasil

O artigo ainda segue dizendo que o Brasil deve estar atento a essas novas sinalizações de Pequim, uma vez que a dobradinha agricultura e meio ambiente poderá atrair investimentos externos ao país nos próximos anos. Duas autoridades chinesas foram direto ao ponto em evento on-line do Conselho Empresarial China-Brasil no último 21 de maio.

Para Thiago, a cafeicultura brasileira está pronta para cooperar com a transição da sociedade chinesa para um modelo mais sustentável. Da busca por produtos com balanços positivos de carbono às finanças verdes, o setor é candidato natural para ampliar sua participação nesse mercado em que a agenda ambiental ajudará a impulsionar o consumo no pós-pandemia. “Das boas práticas nas lavouras ao comprometimento do comércio exportador com critérios socioambientais, são inúmeros os fatores que fazem do café brasileiro ponto de encontro entre as principais exigências da China na importação de alimentos – segurança sanitária, qualidade da matéria-prima, escala de produção e sustentabilidade”, segue o coordenador.

O artigo ainda pontua que a manutenção de áreas de vegetação nativa dentro das propriedades cafeeiras e a adoção de boas práticas agrícolas também contribuem para a redução da chamada pegada de carbono da cafeicultura nacional.

Cecafé 

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) prepara campanha para levar informações sobre a sustentabilidade da cafeicultura brasileira para os jovens consumidores na China. A iniciativa deve chegar às cafeterias do país no segundo semestre de 2021.

O cálculo do balanço de carbono na cafeicultura é outra iniciativa do Cecafé que vai ao encontro das novas gerações de consumidores atentas à saúde do planeta. Em parceria com o meio acadêmico e a sociedade civil, a instituição acaba de aprovar a realização de estudo científico que medirá as emissões e o sequestro de gases de efeito estufa na produção de café do Cerrado, Matas e Sul de Minas Gerais.

Quer ler o artigo na íntegra? Acesse aqui.


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