Consumo interno de café tem aumento, segundo ABIC

Consumo interno de café tem aumento, segundo ABIC

O Brasil segue como segundo maior consumidor de café do mundo

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O consumo interno de café no Brasil registrou crescimento em 2021, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).  Foram 21,5 milhões de sacas entre novembro de 2020 e outubro de 2021. Uma alta de 1,71% em relação ao período anterior, considerando dados de novembro de 2019 a outubro de 2020.  Apesar da crise econômica gerada pela pandemia, que afetou diversos setores em 2021, a procura por café seguiu seu ritmo de crescimento. Ou seja, houve alta de 1,71% em relação ao mesmo período analisado no ano anterior.

Este volume representa 45,3% da safra de 2021, que foi de 47,7 milhões de sacas, de acordo com a Conab.

Consumo por pessoa

O Brasil segue como segundo maior consumidor de café do mundo. Assim, a diferença para o primeiro lugar, ocupado pelos Estados Unidos, é de 4,5 milhões de sacas.

Quando analisado o consumo per capita, observa-se que, em 2021, ele foi de 6,06 kg por ano de café cru. Além disso, de 4,84 kg por ano de café torrado. O bom desempenho na mesa do consumidor gerou impacto direto na indústria: as empresas associadas à ABIC registraram um crescimento de 2,77% no período.

Atualmente, as indústrias associadas respondem por 72,9% da produção do café torrado em grão e/ou moído, e representam 85,4% de participação (share) no mercado. Assim, a ABIC registra em seu banco de dados mais de 3.000 produtos certificados.

Índice de Oferta de Café para a Indústria – IOCI

Desde novembro de 2020, em relação a abastecimento, o IOCI se mantém abaixo da normalidade. Isso indica que as empresas de todos os portes não têm a oferta regular de café em grão, com o abastecimento sendo gradual e seletivo.

Influências no preço 

O grão passa por variadas etapas até chegar à mesa dos brasileiros. Mas, são muitos os fatores que impactam no preço final encontrado na gôndola. Tais como: o câmbio em alta, o aumento nos custos dos insumos, o volume da safra, o clima e a continuação da pandemia.

De acordo com um estudo feito pela ABIC, no período de dezembro/2020 até dezembro/2021, a matéria prima ficou, em média, 155% mais cara. E o aumento na média ponderada dos demais insumos como matéria-prima, embalagem, salário-mínimo, energia elétrica, óleo Diesel e gasolina foi de 107,30%. Mas, nas prateleiras, o reajuste de preço do café atingiu a média de 52% para o mesmo período.

Pesquisa sobre varejo

Mensalmente a ABIC realiza o monitoramento de preços dos cafés através de notas fiscais coletadas em mais de mil municípios. No período de agosto a dezembro de 2021, foi observado que as regiões Norte e Nordeste consumiram mais o café em embalagens de 250g. Já nas demais regiões os pacotes foram de 500g.

A variação de preços por categoria de qualidade foi em média de Extraforte (39,3%); Tradicional (40,3%); Superior (28,1%); e Gourmet (20,8%). Sendo que a região Nordeste teve o maior reajuste nas categorias Extraforte e Tradicional e a Região Sul nas categorias Superior e Gourmet. Quanto ao consumo de café por canais, 16% foram em pequenas redes (AS 1a 4); 49% em supermercados e hipermercados (AS 5+); e 35% no atacarejo.


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