Crédito rural mais verde beneficia cafés do Brasil

Crédito rural mais verde beneficia cafés do Brasil

Cecafé está desenvolvendo projeto piloto para quantificar emissões e remoções de GEE nas três principais regiões produtoras de café de Minas Gerais

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O novo ano agrícola brasileiro (início em julho) será apoiado por uma política de crédito rural voltada ao fomento de práticas produtivas. O objetivo é atender a critérios ESG, com destaque para o pilar ambiental.

A gestora de Sustentabilidade do Cecafé, Silvia Pizzol, afirma que é um importante estímulo para a adoção de tecnologias e boas práticas no campo. Confira o artigo publicado pelo Canal Rural.

Benefícios

Os benefícios contemplariam principalmente pequenos e médios produtores. O objetivo é o desenvolvimento de sistemas produtivos mais resilientes às mudanças climáticas e que geram, portanto, externalidades positivas para a sociedade.

Para Silvia, o Plano Safra mais verde fortalece a sustentabilidade da cafeicultura brasileira, que é desenvolvida por um grande contingente de agricultores familiares.

Com acesso a taxa de juros diferenciadas (até 65% inferiores em relação ao custo dos outros financiamentos), esses cafeicultores ganham um impulso adicional. Isto porque permite o avanço em boas práticas ambientais com o Pronaf Bioeconomia, que passa a disponibilizar crédito para a implantação de sistemas agroflorestais e produção de bioinsumos.

Além disso, o Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (ABC) também foi turbinado no atual Plano Safra.

O volume de recursos, no entanto, dobrou em relação ao ano anterior, atingindo R$ 5,05 bilhões. Assim, denota a priorização de investimentos em boas práticas e tecnologias baseadas na ciência.

Silvia diz, ainda, que o Plano Safra 2021 também deixou o custeio agrícola mais verde. Isto porque autoriza os produtores a financiar a aquisição de insumos para restauração e recuperação de áreas de vegetação nativa nas propriedades rurais e à compra de bioinsumos.

Adicionalmente à política oficial de crédito rural, ela ainda destaca que fontes alternativas para investimentos com critérios ESG também crescem no Brasil.

Títulos Verdes

Um relatório recente da organização internacional CBI aponta que, de maio de 2015 a fevereiro de 2021, a emissão acumulada de títulos verdes, sociais e sustentáveis atingiu US$ 10,8 bilhões. Assim, o primeiro bimestre deste ano apresenta expansão.

ESG e Agro

O artigo ainda diz que o financiamento mais orientado ao fomento de práticas ESG consolida o compromisso do agronegócio brasileiro. A necessidade é avançar no desenvolvimento de paisagens produtivas resilientes e sustentáveis.

Isto contribui para a segurança alimentar global, o desenvolvimento social e econômico do país e a redução das emissões de gases de efeito estufa.

O Cecafé tem contribuído com seus projetos na área de responsabilidade social e sustentabilidade, fortalecendo a adoção de práticas ESG na cafeicultura brasileira.


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