Falta de contêineres atinge exportações

Falta de contêineres atinge exportações

Brasil já sente os impactos. Entraves vêm de limitações logísticas provocadas pela retomada do comércio internacional no pós-pandemia

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Notícia publicada pelo site Globo Rural (clique aqui) mostra que o ritmo das exportações brasileiras de alimentos (carne, frutas, café) e de outros produtos que dependem de contêineres estão esbarrando em limitações logísticas provocadas pela retomada do comércio internacional no pós-pandemia.

De acordo com a reportagem, com o aumento das trocas comerciais em meio ao maior tempo para o desembaraço de cargas nos principais portos do mundo, esses setores têm enfrentado dificuldade para encontrar contêineres vazios para embarcação da produção, ocasionando aumento de custos de frete e logística.

Ao repórter Cleyton Vilarino, o presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura, José Eduardo dos Santos disse que “muitos estão alegando que os armadores estão, digamos assim, racionando as operações para o Brasil como um todo e mais ainda para o Rio Grande do Sul por estar na ponta do país. E isso gera toda uma dificuldade porque as empresas têm todo um planejamento para atender o mercado interno e externo. Não podemos dizer para as aves pararem de crescer”.

José Eduardo ainda disse à Globo Rural que algumas empresas já cogitam reduzir os abates para reduzir os custos com estocagem, uma vez que os produtos de exportação atendem a características específicas de cada mercado. Só entre os dois maiores importadores, China e Arábia Saudita, as diferenças já são gritantes.

Falta de contêineres

Segundo a reportagem, a falta de contêineres não é uma novidade no Brasil. Ao Globo Rural, o diretor-executivo da Associação Brasileira dos Terminais Retroportuários e das Empresas Transportadoras de Contêineres, Wagner Rodrigo Cruz de Souza, disse que devido às diferenças entre as importações e as exportações brasileiras, sempre houve falta de contêineres de vinte pés usados para o setor de alimentação. Desde março, contudo, isso se agravou devido ao maior tempo de retenção das cargas, sobretudo na China e nos EUA.

Enquanto as exportações brasileiras de alimentos se dão em contêineres de 20 pés, as importações, concentradas em produtos industrializados, demandam contêineres de 40 pés. O agravamento dessa diferença, segundo Souza, gera maior custo logístico pois exige que os armadores transportem cargas vazias, sem frete contratado. À reportagem, uma companhia de frete marítimo considerou a situação como uma “tempestade perfeita” por conta do fluxo global de contêineres, uma vez que os consumidores estão comprando mais produtos brasileiros do que nunca em todo o mundo.

A reportagem completa pode ser acessada aqui. Confira.


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