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Analista ESG da Cooxupé

No que as nanopartículas do solo se relacionam com as práticas ESG?

Parâmetros auxiliam o produtor na tomada de decisão de melhores práticas agrícolas para estar cada vez mais inserido em questões voltadas à sustentabilidade

O solo é o resultado de ações de fatores diversos advindos de sua fonte original (rocha, sedimentos, solos) e ocupa a maior parte da camada superficial continental terrestre. Nele ocorrem atividades de transformação devido à interação e mistura de partículas heterogêneas orgânicas e inorgânicas. Esses fenômenos ocorrem sob dimensões que variam em escalas em grande parte imperceptíveis ao olho humano. As nanopartículas se diferem em sua estrutura conforme avançamos na profundidade do solo desde sua superfície e na forma de cristal e topografia da superfície em função de sua dimensão.  (HOCHELLA et al., 2008).

A composição do solo é formada por 25% de ar, 25% de água, 5% de matéria orgânica e 45% de minerais que, por sua vez, é onde estão presentes as nanopartículas (argilas) que se formam naturalmente nos solos ao longo do tempo. Dependendo da variedade de rocha, clima, relevo e microrganismos, é formado um mineral característico naquele local. Os tipos de argila são indicadores naturais dos fatores e processos de formação do solo. Portanto, é imprescindível o entendimento do funcionamento dessas partículas em escalas distintas, em especial as nanopartículas, sobretudo no meio agrícola. (SIQUEIRA, 2022).

Figura 1 – Composição do solo. Fonte: Siqueira, 2022


O conhecimento dessas características tem total relação com as práticas ESG, sigla em inglês para “environmental, social and governance” (ambiental, social e governança, em português). Isso porque para cada interação dessas partículas, uma particularidade ou reação distinta em relação a diversos parâmetros: área produtiva, sequestro de carbono, infiltração da água, dosagem de produtos agrícolas, utilização de adubos e entre outros. Tais parâmetros auxiliam o produtor rural na tomada de decisão de melhores práticas agrícolas que fornecem subsídio para estar cada vez mais inserido em questões voltadas à sustentabilidade.

Portanto, fica clara a importância do desenvolvimento de tecnologias que auxiliam na caracterização das nanopartículas do solo e a ligação intrínseca entre parâmetros relacionados ao ESG, garantindo o aumento da produtividade e redução de custos de cultivo pela utilização de insumos e na segurança alimentar, além de contribuir para diversas características ambientais (melhor dosagem de defensivos, maior sequestro de carbono, diminuição da erosão) que, por fim, melhora a qualidade de vida do produtor e sua família.


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