Órgão avalia falta de espaço em navios até 2023

Órgão avalia falta de espaço em navios até 2023

Cecafé declara que ondas de Covid-19 podem gerar restrições no transporte marítimo a nível mundial

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De acordo com o Portal Sindaport, exportadores brasileiros de café perceberam melhora na oferta de contêineres no mês de maio. Entretanto, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil alerta que eventuais impactos de ondas de Covid-19 podem gerar restrições em portos de outros países, por conta da falta de espaço em navios.

Conforme o Cecafé, até o segundo semestre de 2023 haverá dificuldades com a falta de espaço em navios. Isso porque o diretor técnico da entidade, Eduardo Heron, explicou que grande parte dos gargalos ainda está relacionada à falta de navios.

Desafios

O Cecafé concorda sobre a melhora na disponibilidade de contêineres em maio. Mas, as janelas de embarque ainda são um desafio, pois, devido à pressão do transporte marítimo a nível mundial. A entidade acompanha o avanço de novas ondas de Covid-19, a fim de analisar eventuais restrições em portos de outros países que possam impactar as rotas bem como a oferta de navios que escalam a costa brasileira.

Os exportadores de café consideraram as conjunturas econômicas e logísticas atuais. Bem como concluíram que existe a falta de espaço em navios, o que exigirá esforços até o segundo semestre de 2023. “O contêiner não é o grande problema. Temos dificuldades, mas esse problema reduziu muito. A disponibilidade de contêiner é menos desafiadora, mas os espaços nos navios continuam sendo um grande problema”, analisou Heron em entrevista à Portos e Navios.

Portos

O Cecafé também percebeu melhora na oferta de contêineres diante dos problemas enfrentados pelo comércio exterior cerca de um ano e meio. Principalmente por conta dos congestionamentos em portos norte-americanos e chineses. Heron ressaltou que as operações nos portos chineses se encontram em processo de normalização nas últimas semanas. Portos das costas oeste e leste norte-americanas ainda seguem congestionados. Devido à demanda aquecida do consumo e aos grandes volumes de carga retidos nos Estados Unidos desde os estímulos à economia local.

De acordo com o Cecafé, os esforços para embarques continuarão, enquanto os problemas de escoamento não sejam solucionados. “Nossa expectativa é que o desafio da falta de espaço nos navios vai continuar se arrastando até a metade do segundo semestre de 2023”, projetou Heron.

Conforme ele, houve uma adaptação nas operações e os navios de menor porte, que estavam perto de serem descontinuados, estão operando para atender às necessidades do comércio exterior até a normalização do fluxo. Armadores e agentes marítimos preveem novos navios a serem entregues no próximo ano, porém de forma mais relevante no segundo semestre.


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