Pimenta malagueta pode ajudar no controle de pragas na lavoura

Pimenta malagueta pode ajudar no controle de pragas na lavoura

Pesquisa promovida pela Epamig, em parceria com universidades, verifica a capacidade do extrato de pimenta malagueta no controle do ácaro-branco

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O uso da pimenta malagueta no controle de pragas é alvo de um estudo da Epamig (Empresa de Pesquisa Agroecuária de Minas Gerais) em parceria com universidades do Brasil e da Colômbia.

De acordo a Epamig , os resultados nos testes que utilizaram o extrato de pimenta malagueta para o controle alternativo de pragas agrícolas, como o ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus), causador de grandes prejuízos aos produtores rurais, foi considerado promissor.

A pesquisa faz parte do programa que tem como objetivo utilizar produtos derivados de plantas para diminuir a quantidade de organismos nocivos às lavouras.

O ácaro-branco, praga de tamanho muito pequeno, gosta de atacar as folhas das plantas. Os resultados, nocivos para a agricultura, são folhas curvadas para baixo, ressecadas e com quedas prematuras. Além disso, as plantas atacadas pela praga geralmente contêm flores e frutos deformados.

O estudo

O estudo da Epamig, coordenado pelas pesquisadoras Madelaine Venzon e Maira Fonseca, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidad de La Salle (Yopal), da Colômbia, detectou que o extrato hidroalcoólico preparado a partir de sementes de pimenta malagueta possui efeito tóxico ao ácaro-branco. O experimento foi realizado em casa de vegetação e o extrato foi aplicado nas próprias plantas de pimenta malagueta com folhas atacadas pelo ácaro.

Segundo a pesquisadora, o próximo passo é impulsionar o uso do extrato na agricultura familiar para o manejo do ácaro branco em hortaliças e frutíferas. “A utilização de produtos alternativos no controle de pragas tem aumentado muito no Brasil, especialmente, em decorrência do crescimento da produção orgânica”.

O estudo demonstrou ainda que além do efeito inseticida, o extrato de pimenta malagueta também apresenta um efeito repelente confirmando ser um produto promissor para o controle populacional do ácaro branco Os interessados podem ter acesso ao estudo completo clicando aqui .

A pesquisadora destaca ainda que, em geral, os produtos alternativos possuem baixa toxicidade ao homem, são de fácil preparação ou aquisição e aceitos pela maioria das certificadoras de produtos orgânicos ou ecológicos.

Baixa toxicidade

“Isso faz com que haja grande utilização desses produtos em sistemas familiares de cultivo”, afirma Madelaine.

A Epamig, empresa vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, desenvolve outros estudos para testar a toxicidade de óleos essenciais de plantas aromáticas e medicinais para manejo da mosca-branca, ácaro rajado e para pragas do café, com o apoio da CAPES, CNPq e Fapemig.


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