Plano Safra estabelece crédito de R$340,8 bi para financiar a agricultura  

Plano Safra estabelece crédito de R$340,8 bi para financiar a agricultura  

Valor supera em 36% o recurso disponibilizado anteriormente, que era de R$ 251,2 bi. Anúncio aconteceu nesta quarta, dia 29/06

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O anúncio do Plano Safra 2022/23 ocorreu nesta quarta-feira, 29, com o valor recorde de R$ 340,8 bi para apoiar a produção agropecuária no país.

O volume de recursos, conforme o Palácio do Planalto, supera o esperado pela base ruralista. Que, no caso, previa R$330 bi, e é também o maior montante da história.

Juros

A definição da nova política agrícola começa a valer a partir de julho. E prevê, tal qual o anunciado, juros que variam de 5% até 12,50%, ainda abaixo da taxa Selic, que está hoje em 13,25% ao ano.

Desse modo, diante da diferença entre o custo de captação dos recursos para os bancos e para os produtores rurais, o Tesouro Nacional precisará desembolsar dinheiro para equalização de juros.

E, em síntese, mais de R$ 100 bilhões do valor total devem ser financiados com subsídios do Tesouro Nacional. O que, de início, criava resistência para a equipe econômica.

Foco na agricultura familiar

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, avalia o plano como uma importante ferramenta para levar alimento à mesa das pessoas. “Esse é um plano que prioriza a agricultura familiar e as linhas de crédito para a sustentabilidade social. E como a insegurança alimentar é uma preocupação de todos nós, o Brasil faz sua parte diante do mundo”.

Do total de recursos disponibilizados, R$ 246,28 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização, com alta de 39% em relação a 2021. Outros R$ 94,6 bilhões serão para investimentos, com crescimento de 29%.

Anteriormente, o Plano Safra ficou em R$ 251,2 bi (ou R$ 279,4 bi em valores corrigidos pela inflação), perdendo na ocasião apenas para o volume anunciado em 2020/21, que ficou em R$ 284 bi.

A alta no subsídio anunciada nesta quarta-feira busca atender a anseios do setor agropecuário e é embasada, similarmente, pelo aumento no custo de insumos, valorização do dólar e das commodities e também pela Guerra no leste europeu, que reduziu a oferta de fertilizantes para o Brasil.

Por fim, o evento, realizado no Palácio do Planalto, contou ainda com a presença de outras autoridades como o Presidente da República, Jair Bolsonaro, o ministro da Economia, Paulo Guedes; e o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.


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