Relatório aponta para alta no preço do café

Relatório aponta para alta no preço do café

Rabobank diz que produto está cada vez mais caro e aponta razões para cotações em alta

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Nos últimos meses, as cotações de café sofreram valorização. E, segundo relatório do Rabobank, a alta no preço do café continua. Isto porque, de acordo com relatório do banco, há preocupações na oferta global e o produto está cada vez mais caro nos supermercados.

As conclusões do relatório foram publicadas em matéria do AgroLink.

“Em setembro de 2021, o preço médio do café na ICE-NY está em USD 1,89/lp, 56% maior em relação a 12 meses”, diz o relatório.

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Assim, no Brasil, a saca (60 kg) de café arábica alcançou mais um recorde nominal em setembro e está valendo, em média, R$1.082. Ou seja, um incremento de 92% em comparação a setembro 2020.

“Em julho de 2021, três geadas atingiram regiões produtoras de café arábica no Brasil, sendo que uma delas foi a pior em duas décadas”, continua o relatório.

Porém, o Rabobank diz que as perdas para a próxima safra (2022/23) ainda não estão claras. “Além de acompanhar a resposta das árvores nos próximos meses, será importante observar a reação dos produtores nas áreas afetadas: o tipo de poda ou replantio.”

Até o momento, as estimativas variam entre 3 a 6 milhões de sacas em relação ao potencial perdido para 2022/23.

Por outro lado, a geada não impactou a atual safra, que está praticamente encerrada.

Dessa forma, o Rabobank espera que a colheita seja de 56,7 milhões de sacas, sendo 36 milhões do tipo arábica (32% menor em relação ao ciclo anterior) em 2021/22.

“A quebra de produção ocorreu devido à bienalidade produtiva menor e baixos volumes de chuva. Porém, o clima seco durante a colheita favoreceu a produção de cafés de boa qualidade”, completa.

Alta no preço do café

Nesse contexto, conforme o banco, a escalada nos custos dos fretes marítimos, menor disponibilidade de contêineres e booking se tornaram gargalos na cadeia do café.

“Desde maio 2021, o Cecafé alerta sobre os desafios logísticos que vêm limitando as exportações brasileiras. Segundo o índice WCI, os custos de frete atingiram USD 10.084/contêiner em setembro 2021, alta de 311% no ano.”

Por fim, o banco afirma que a expectativa é que todos esses problemas logísticos persistam até 2022.


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