Sinal 5G deve acelerar a tecnologia no agronegócio

Sinal 5G deve acelerar a tecnologia no agronegócio

Velocidade de dados é até 100 vezes mais rápida, evoluindo os trabalhos no campo

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O sinal 5G, que começa a ser habilitado em algumas capitais do país deverá, primordialmente, auxiliar também as atividades e a tecnologia no campo. A capacidade é infinitamente superior ao 4G com velocidade até 100 vezes mais rápida. A estimativa, de acordo com informações do portal Revista Campo e Negócios, é que essa agilidade acelere a digitalização do agronegócio. Sendo essencial, sobretudo, para o futuro da segurança alimentar do planeta.

Antes de mais nada, o sinal de 5G puro (sem interferência de outras frequências) estreou no Brasil no início de julho. E deverá chegar a todas as capitais até 29 de setembro. A tecnologia oferece velocidade média de 1 Gigabit por segundo (Gbps) e tem a possibilidade, dessa forma, de chegar a 20 Gbps.

Conectividade para o campo

Conforme o account manager para o agronegócio da dataRain, Bruno Barros, a tecnologia será uma importante aliada para o trabalho na lavoura. “O agronegócio é uma atividade que ocorre em área aberta e 70% destas áreas produtivas ainda são descobertas de conectividade, são os chamados pontos cegos ou pontos de sombra. Com a chegada do 5G, além de mais qualidade no sinal de internet, haverá maior cobertura e mais ofertas de conectividade, futuramente levando a tecnologia para todos estes pontos”.

Além disso, Barros comenta que a adesão poderá trazer benefícios que garantam a chamada Agricultura de Precisão e a Agricultura 4.0, que englobam conceitos de otimização da gestão agrícola por meio de conectividade, sensoriamento remoto, softwares gerenciais, entre outros.

Agro é tech

Nesse sentido, o especialista acrescenta que a tecnologia avançada e a computação em nuvem deverão contribuir positivamente, por exemplos, em temas relacionados às mudanças climáticas, monitoramento da lavoura para detecção e combate às pragas, programação para irrigação automática e operação autônoma de máquinas agrícolas. “Com o uso dessas ferramentas, é possível ter acesso a informações sobre diferentes culturas e solos, além de previsões meteorológicas, fundamentais para o sucesso na colheita, permitindo a tomada de decisões estratégicas”, ressaltou Barros.

Nesse ínterim, as funções mais complexas e importantes são o armazenamento e segurança de dados, a capacidade computacional, disponibilidade e o acesso a tecnologias como Machine Learning, Data Lake, Data Analytics. “Quando falamos em nuvem, falamos de uma vasta gama de soluções que podem ser moldadas, visando atender à necessidade de cada área.  Assim que conhece os benefícios da tecnologia para o agronegócio, o produtor percebe a eficiência e passa a tê-la como uma aliada para enfrentar as adversidades inerentes ao setor”, evidenciou Bruno Barros.

Potencial para crescer mais

Para a dataRain, a tecnologia 5G será fundamental no processo de otimização do setor agrícola, pois a atividade está crescendo. Visto que, atualmente, o ramo é responsável por 27% do PIB brasileiro e deve finalizar o ano em 30%. Por fim, Barros avalia que o 5G deve influenciar, ainda, a segurança alimentar global. “Até 2050, a previsão é passarmos de 7 para 10 bi de habitantes no planeta.

Por esta razão, a demanda pela produção de alimentos crescerá muito e o Brasil é um grande expoente neste cenário. Hoje, a cada cinco pratos de alimentos servidos no mundo, um é cultivado pelo Brasil. Nossa demanda vai dobrar e, por isso, a única saída é a tecnologia, que começa com a conectividade no campo”, pontua ele.


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