Vendas de máquinas agrícolas se mantêm aquecidas

Vendas de máquinas agrícolas se mantêm aquecidas

Supersafra e o câmbio favorecem a situação

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A chegada do Plano Safra não deve trazer grandes mudanças para o agronegócio brasileiro em relação ao crédito rural, mas de acordo com matéria publicada pela Agência Reuters a venda de máquinas agrícolas deve continuar aquecida mesmo com o impasse. A alta demanda por tratores e colheitadeiras deve ocorrer ainda ao longo do ano. 

De acordo com representantes da indústria ouvidos pela Reuters, o volume de recursos para financiamento de máquinas e equipamentos pela linha Moderfrota se esgotaram no fim do ano passado, no entanto os produtores mais capitalizados pela alta das commodities seguem com avidez nas compras. 

Segundo a ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio, a supersafra e o câmbio favorecem o recurso próprio dos agricultores, assim como a operação “barter” que vem crescendo como modelo de  negócio. A Associação também ponderou que a existência de um grande déficit fiscal no governo é percebida por qualquer brasileiro, inclusive por conta dos gastos provocados pela pandemia do novo coronavírus e que esta realidade incentivou o setor agrícola a olhar para outras formas de investimentos. 

Ainda de acordo com a reportagem, o Plano Safra passa por um momento de incertezas, devido ao Congresso Nacional ter aprovado a Lei Orçamentária Anual (LOA) com cancelamentos de recursos que totalizam 2,5 bilhões de reais. Assim, o Ministério da Economia suspendeu – pelo bancos – novas contratações de financiamentos subvencionados do programa 2020/21, além de atrapalhar as discussões do programa 2021/22. 

Indústria  

A empresa AGCO América do Su, responsável pelas montadoras Valtra e Massey Ferguson, disse à reportagem que muitos negócios têm sido fechados via linha de crédito rural do BNDES e, junto com a alta capitalização do produtor, o Plano safra não deve atrapalhar as demandas. Para o presidente Luis Felli, havendo oferta suficiente o mercado de máquinas agrícolas pode crescer até 30% no Brasil em 2021. 

Já o vice-presidente da New Holland Agrícola para América do Sul, Rafael Miotto, afirmou que o Moderfrota foi utilizado até novembro de 2020 e desde então as vendas vêm seguindo por meio de consórcio, crédito direto ao consumidor e muitos negócios fechados com recursos próprios do produtor. Miotto estima um mercado maior em vendas, mas pondera que se o recurso que vier para 2021/22 for similar (ao de 20/21) pode acabar em outubro. A companhia deve crescer entre 10% e 15% em volume de vendas neste ano, em linha com o avanço esperado para o mercado. Saiba mais sobre o assunto, clicando aqui.


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